segunda-feira, 21 de março de 2016

Tânia Frade: fotografia, humanidade e natureza, uma imersão na floresta


Tânia Frade. Fotografia do projeto «Shinrin Yoku», 2014.

Tânia Frade, 26 anos, é uma jovem fotógrafa de Aveiro. Licenciada em Fotografia no Instituto Politécnico de Tomar, trabalha como fotógrafa freelance, designer e front-end developer. O interesse pela fotografia nasceu aos 16 anos, «quando atravessava os corredores da escola, rodeada de fotografias analógicas e de amigos com câmaras fotográficas ao pescoço.» Um dia o pai ofereceu-lhe uma câmara analógica e ela nunca mais parou. Desde então, o analógico é a sua paixão. Para os trabalhos profissionais usa o digital, mas para projetos pessoais apenas fotografa em analógico. 

A fotografia (Maria Louceiro, Tina Sosna e Ryan McGinley), o cinema (Sofia Coppola e Wes Anderson) e a música (bandas de post-rock como Mogwai, Sigur Rós, Mono, Explosion in the Sky e Godspeed You! Black Emperor) são os campos que mais a inspiram quando se trata do desenvolvimento dos seus projetos. Ou seja, como ela nos diz, «tudo inspirações que envolvem humanidade e espontaneidade inseridas na natureza.»

O ser humano integrado na natureza é precisamente o tema do seu projeto Shinrin Yoku (Forest Bathing em inglês). Trata-se de um projeto no qual ela coloca muito daquilo que é, uma pessoa ligada à natureza e que aprecia a sua simplicidade e beleza. No final, o projeto deve refletir exatamente isso, o que a natureza é mas também aquilo que ela é. Humanidade e natureza, um “banho” de imersão na floresta. O projeto teve início no final de 2014, já no Outono/Inverno. Até agora, a autora é a única pessoa envolvida na sua realização, mas está aberta a possibilidade de integrar mais pessoas no decurso do projeto. As palavras da artista, que já foi publicada online no magazine Shooting Film (November 5, 2015), ajudam-nos a entender melhor os seus objetivos para o trabalho artístico:  «Faço questão que o meu trabalho seja simples, mas quero encher os olhos e o coração de emoções de toda a gente...e claro, de mim própria. A natureza é vida, simples e bonita. O analógico é também assim e eu quero que o meu trabalho seja igual.»

F. J.


Tânia Frade 

1 comentário: